Nasci. Quando percebi que existia me vi em um pequeno mundo sempre cercado de pessoas, adultos e crianças, onde o meu único objetivo e razão de viver era brincar. Uma vez ou outra, eu parava pra pensar e falava comigo mesmo. Fazia de conta que retirava uma máscara do meu rosto, e a partir de então não estaria mais representando a peça que era a minha vida. Neste momento eu conversava com um ser oculto, que na verdade era a minha própria consciência. "Nós" discutíamos sobre todo aquele "teatro" e a minha participação no mesmo. Durante muitos anos a dúvida se a vida na Terra era ou não "real" me acompanhou (de certa forma ainda persiste até hoje). Como achava que este mundo era irreal, o via como algo que não merecia ser levado muito a sério. Mas era interessante tentar analisá-lo e compreendê-lo. Até então eu não conhecia relações humanas que não fossem o amor, carinho, afeto, compreensão, amizade e suas derivações. No máximo eu chateava a minha irmã e recebia umas palmadas. Ao entrar para a escola comecei a perceber que algumas coisas estranhas que eu desconhecia existiam. Por motivos inexplicáveis alguns colegas gostavam de implicar comigo. Eu não fazia a menor idéia do por quê. Mesmo em casa passei a presenciar algumas discussões familiares que para mim eram inaceitáveis e injustificáveis. Tais situações me marcaram profundamente, e fizeram com que eu me tornasse um indivíduo obcecado em tentar compreender as pessoas, o mundo, o universo.
domingo, 21 de outubro de 2012
A Minha Origem em 30 linhas
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